Tenta-se ser
parecendo parecer
um modelo para ser
mas para de ser
ao se parecer
Parece se depreciar por nada ser
pela pressão por precisar parecer
porque para ser
crê precisar parecer
para ser
parecer
padecer
E por o mesmo não ser
o fracasso jaz em parecer
e em apenas espelho padecer
domingo, 12 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A razão dos sentidos, ou os sentidos da razão.
À beira do sofá
O livro à mão
Sobre a mesa: o relógio
À minha frente: a televisão
Ouço o passar dos segundos
Esse compasso me inquieta
Tic - tento ler
Tac - tento pensar
Vejo a televisão sem som
Mesmo silenciosa sinto um incômodo
Política e comércio em imagens
Política é comércio
Tantos gestos, tantas cores...
Toco o livro
Estou impaciente com o entorno
O conhecimento não conhece a osmose
As mãos não lêem nem pensam
Inspiro o ar tentando respirar algumas frases
Engulo a saliva como se saboreasse conceito
Só é possível filosofar com sentidos e intelecto.
O livro à mão
Sobre a mesa: o relógio
À minha frente: a televisão
Ouço o passar dos segundos
Esse compasso me inquieta
Tic - tento ler
Tac - tento pensar
Vejo a televisão sem som
Mesmo silenciosa sinto um incômodo
Política e comércio em imagens
Política é comércio
Tantos gestos, tantas cores...
Toco o livro
Estou impaciente com o entorno
O conhecimento não conhece a osmose
As mãos não lêem nem pensam
Inspiro o ar tentando respirar algumas frases
Engulo a saliva como se saboreasse conceito
Só é possível filosofar com sentidos e intelecto.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Si
Já não tenho certeza de como em si é para si
Se ele se representa ou se de bom grado se apresenta
Em si parece estar velado para si
De um lado, o para si diz ser icognoscível o em si
Enquanto noutro, em si mesmo guarda-se o em si
Para si não compreende em si em si
Mas apenas em si para si
Para si tenta resguardar-se em si
Em si também se questiona sobre para si
E para si, ao tornar-se também em si,
Deixa em si sem se compreender em si
Até que em si, confuso em tal inversão,
Torna-se em si mesmo para si
E para si, em si mesmo, conhece em si para si
(Ou ao menos pensa que sim).
Se ele se representa ou se de bom grado se apresenta
Em si parece estar velado para si
De um lado, o para si diz ser icognoscível o em si
Enquanto noutro, em si mesmo guarda-se o em si
Para si não compreende em si em si
Mas apenas em si para si
Para si tenta resguardar-se em si
Em si também se questiona sobre para si
E para si, ao tornar-se também em si,
Deixa em si sem se compreender em si
Até que em si, confuso em tal inversão,
Torna-se em si mesmo para si
E para si, em si mesmo, conhece em si para si
(Ou ao menos pensa que sim).
domingo, 27 de junho de 2010
Cegueira
___________________Homenagem ao imortal José Saramago
Cegos seguem pelas ruas
Cegam todos que vêem
Seguem todos que seguem
Seguem todos que cegam
Todos seguem
Todos cegam
Todos cegos
Chegam com a cegueira rotineira
Habituando todos a chegarem
...a cegarem
...a seguirem
Cegam com a rotineira chegada
Seguindo o hábito cego
...o hábito seguido
...o cego habituado
Seguem cegamente a cega ordem.
Cegos seguem pelas ruas
Cegam todos que vêem
Seguem todos que seguem
Seguem todos que cegam
Todos seguem
Todos cegam
Todos cegos
Chegam com a cegueira rotineira
Habituando todos a chegarem
...a cegarem
...a seguirem
Cegam com a rotineira chegada
Seguindo o hábito cego
...o hábito seguido
...o cego habituado
Seguem cegamente a cega ordem.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Canais a seguir
Você pode ir nessa de bater
Ou tentar bater seu recorde
Hastear uma bandeira...
E ir ao Senado e à Câmara
Se esconder numa cultura
Ou se prender numa rede.
Tudo isso é um globo da morte!
Quem te vê?
Ou tentar bater seu recorde
Hastear uma bandeira...
E ir ao Senado e à Câmara
Se esconder numa cultura
Ou se prender numa rede.
Tudo isso é um globo da morte!
Quem te vê?
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