terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Mudos Lábios

Teus lábios me chamam
sem se abrirem
Num róseo céu
de paz e ternura

Assim vou:
Cego!
Vendo-te por inteira
ainda a me chamar

Toco teus mudos lábios
e enquanto gemes
eles se comprazem
com meus dedos

Inspiro-me em Ícarus
e vou o céu desbravar
Subo, subo, subo
e chego no céu a tocar

Invado seus domínios
sem sofrer resistência
e teus mudos lábios
se me entregam

Tal qual Ícarus
aos poucos vou caindo
Uma nuvem pálida
mancha o róseo céu

Enfim caio!

Um comentário:

Vanessa Finizio disse...

Érr, então... Belo poema!
=P