Teus lábios me chamam
sem se abrirem
Num róseo céu
de paz e ternura
Assim vou:
Cego!
Vendo-te por inteira
ainda a me chamar
Toco teus mudos lábios
e enquanto gemes
eles se comprazem
com meus dedos
Inspiro-me em Ícarus
e vou o céu desbravar
Subo, subo, subo
e chego no céu a tocar
Invado seus domínios
sem sofrer resistência
e teus mudos lábios
se me entregam
Tal qual Ícarus
aos poucos vou caindo
Uma nuvem pálida
mancha o róseo céu
Enfim caio!
Um comentário:
Érr, então... Belo poema!
=P
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